domingo, 20 de fevereiro de 2011

Viajando pela América do Sul - 2010 - Parte 2: Buenos Aires, Argentina


Caminito e sua comunidade de artistas locais

No final da tarde de 23/11/2010 partimos de Foz do Iguaçu rumo à Bueno Aires no ônibus da Pluma (nem queria mais saber o que era o “bus from hell”). Ao anoitecer a primeira parada em terras argentinas em um posto bem aconchegante feito de madeira e luz de velas. Logo de cara, mandei de vinho (que barato) e empanadas fritas de carne (apenas o prelúdio de uma viagem carnívora e alcoólica). 
 
Vista da sacada 


Entonces, levemente alcoolizado e com carne a digerir por três dias no meu estômago, parti madrugada escura adentro sob chuva pelas terras dos pampas entre muito pasto e gado.Pela manhã, desayuno (café da manhã) em um posto que me lembrou o leste europeu. Padrão europeu, muito bem feito, mas totalmente decadente e sem manutenção. Comecei a ver de perto os efeitos da longa crise argentina. Comi uma manzana (maçã), media-luna (meia-lua, o tradicional croissant sem recheio argentino) numa xícara de borda quebrada...hehe.
Finalmente, Buenos Aires, a capital mundial do tango, com seus mais de 13 milhões de habitantes e sues bares e cafés tradicionais. O ônibus cruzou uma longa rodovia que passa entre o aeroporto Aeroparque, às margens do estuário Rio da Prata (o córrego Ribeirão daqui vai pra lá) e o campo do River Plate, que é muito maior que a Bombonera, do Boca Juniors. A rodoviária fica no bairro Retiro, região portuária podrona/miserável/pobre (afinal somos a América Latina) que faz a marginal Tietê parecer primeiro mundo.
Caminhada, metrô e enfim hospedados no centro com vista do calçadão da sacada, próximos a badalada Calle Florida (calle é rua) e seus milhões de camelôs no meio da calçadão, onde o Wlad comprou o seu Ficciones do Jorge Luis Borges na língua nativa (considerado uma das obras-primas da literatura latino americana).

Primeiro almoço ali ao lado do hotel no referenciado Acapulco: primeiro contato com a “parrilla” argentina (churrasco na grelha – preferem-na ao espeto). Nota para os desavisados, como eu: na Argentina o duplo ele (LL) não é pronunciado como o padrão da língua espanhola. Assim, calle (pronunciado “caie” ou “calhe”) para os portenhos (cidadãos de Buenos Aires) pronuncia-se “caxe”....argh.... 
Obelisco
Assim, no Acapulco, pra descobrir que “podxo” era frango (“pôio” para o desavisado aqui) só foi desvendado quando a mocinha do restaurante, acredite, bateu asas e quase botou um ovo...hahaha. Foi o ponto alto da confusão lingüística na viagem. Mas sua mímica galinácia foi em vão: fui de parrilla mista mesmo: um apanhado de quase tudo de proteína animal que a Argentina pode oferecer: costela, filé, chouriço (sangue gozido embutido em tripa-ueba!), tripas gordurosas, peito de frango e pedaços de rim e coração (não soube identificar qual dos dois era – mas cheirava forte – será que eram testículos de boi???). Tudo na grella (parrilla). Arriba, e viva a minha cultura de descendente de camponeses da região do Lácio da Itália. O Wlad não teve a mesma sorte...
9 de Julho: "A avenida mais larda do mundo"
  
E damos início aos trabalhos de peregrinação mochileira: O obelisco localizado na Av. 9 de Julho, “a avenida mais larga do mundo” (esses hermanos). Pegamos uma transversal e fomos dar (opa, não posso falar assim, é a Argentina) na Praça Mayor, em frente a iconográfica Casa Rosada (é difícil evitar a piada argentina...), a sede do governo. Pensei na Darci Vera e estremeci com a idéia que ela tivesse um “insight” envolvendo o Palácio do Rio Branco, sede da prefeitura da provinciana Ribeirão Preto (lembram da sua perua Kombi??). 
Plaza Mayor: não é a maior praça do mundo...

A legendária Casa Rosada. A noite, com a iluminação artificial, fica rosa mesmo!
Na Plaza (praça) Mayor, uma manifestação de uns acampados antigos. Creio que o assunto envolvia veteranos da guerra e “As Malvinas são argentinas” – a primeira de muitas manifestações (escritas, faladas, etc.) que iria ver. Não adianta, não esquecem o assunto (tem até imã de geladeira).

O sofisticado Puerto Madero
Já caia a tarde quando fomos ao Puerto Madero, uma região portuária que já foi decadente e é agora revitalizada, tornando-se uma região muito requintada e agradável, com lojas, escritórios e bares chiques, onde você faz caminhada, paquera as portenhas e toma uma inflacionada Quilmes (a região é cara) num barzinho em frente à moderna e bela Ponte da Mulher. Sua arquitetura arrojada de Santiago Calatrava rendeu uma sessão inspirada de fotos (se a bateria da câmera do Wlad não tive acabado, acho que ele faria fácil fácil uns setenta e dois cliques...hehe). Lá também tem o bacana barco museu Fragata Sarmiento.

A Ponte da Mulher: é móvel para possibilitar a passagem dos barcos
Com a agenda enxuta, como sempre (é o único jeito), após mais algumas doses cavalares de vinho, fui curtir o último dia na capital mundial do tango. No ônibus circular você consegue andar se tiver moedas (monedas) para colocar na máquina de bilhetes ($ 1,20 pesos argentinos). É um problema até para os portenhos. Entonces, a exemplo da Europa, o seu bolso fica sempre cheio de moeditas. O dia precisava ser prático e básico. Então foi. Moedas no busão e fomos direto para o bairro La Boca: maravilhosamente podre e, andando perdido (pra variar) na rua encontrei cravado no meio do bairro o campo do Boca Juniors, a Bombonera (tem esse nome porque tem a forma de uma caixa de bombons). Naquele emaranhado azul-amarelo boquense te falo tranquilamente que o saudoso estádio Luís Pereira do Fogão, na Vila Tibério, era maior. E falou em Boca, falou em Maradona, “o melhor jogador do mundo”, segundo os hermanos. Saída lateral pela esquerda e atingimos o turístico Caminito. 
E eis o cartão postal de Buenos Aires: O Caminito (e o tango)
Legal, mas não faz a minha praia. Mas ir a Buenos Aires e não ir ao Caminito é como ir a Roma e não ir ao Coliseu. Heresia. É o cartão postal da cidade. Até a CVC te leva lá. CVC??? Tô fora. Bares, tango, casebres pintados, turistas brasileiros e um sósia do Maradona disposto a tirar fotos  contigo por alguns pesos argentinos. E também com uns pesitos a mais você faz uma pose como se fosse o rei do tango e da mulherada portenha, segurando a perna da dançarina em volta do seu quadril! Não, eu não quis pagar esse mico...

La Boca: a periferia turística
 
Após caminhar um pouco, fomos aconselhados pelos policiais a ir de ônibus ou táxi pra sair de lá. Ônibus, claro. No caminho, sedi o lugar para uma gentil e elegante anciã portenha que rendeu uma ótima e breve conversa. Descemos no bairro de San Telmo, repleto de antiquários e que me lembrou um pouquinho o Trastevere de Roma. Infelizmente não deu tempo de ir no sebo comprar um vinil do Fito Paes pro Kcond. Encontrei a personagem Mafalda, do Quino (alô, Cako!). Aliás, é básico em qualquer lugar de Buenos Aires encontrar os geniais álbuns da Mafalda, by Quino. É como literatura de cordel no Nordeste.

Mafalda e um turista cretino
Depois, direto pra Recoleta e seu maravilhoso Museu Nacional de Belas Artes com seus Rodin, Toulouse-Lautrec, Gogin, Rembrant, Van Gogh, Picasso e outros medalhões da arte nacional e mundial. Na Recoleta também encontra-se o cemitério mais antigo e famoso da cidade, com seu entorno circundado de bares pra bebemorar a passagem dessa pra uma melhor.
Depois de uma looooonga caminhada, atingimos a deliciosa região de Palermo e seu complexo de parques, lagos, um zoológico, clubes de pólo, golfe e críquete, o aeroporto Aeroparque, jardins botânico e japonês e um planetário. Ufa... A região é bela, rica e abastada, lembrando muito a Europa. Naquela tarde eu não estava afim de fotografar. Foi tudo gravado na retina. Mas as verdes paisagens não passariam de todo incólumes nas lentes das câmeras dos dois viajantes ribeirão-pretanos: o Wlad tinha recarregado a bateria da câmera dele...
Mais caminhada (que sina), algumas moedas e ônibus de volta pro hotel. Pronto! Buenos Aires detonada em um pocket-tour para principiantes.
No dia seguinte, voaríamos para uma das regiões mais inóspitas e belas do planeta: Ushuaia, “a cidade mais austral do planeta” (perto do pólo), na incrível Patagônia argentina.
Nos vemos lá no próximo post.
Wlad em Puerto Madero: Cuidado, portenhas!
"The Bridge Photo Session"

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Memórias de um velho computador"

Há algumas semanas rolaram umas coisas. Uns discos, pra falar a verdade, que me puseram pra pensar.
Por uma loja do exterior chegaram algumas encomendas dos clássicos Zappa, Faces, Rory Gallagher, Rush, Humble Pie e toda essa wonderful shit gringa de sempre. Não adianta, é clássico e é ótimo.
Mas, depois, dando umas dicas de música brasileira out-tourist pra uma amiga dos EUA, foi dando um "deja-vu", um sentimento daqueles do tipo brasilidade. Então, resolvi afundar de novo nesse sertão que já desbravei um dia. Não que tenha me afastado de todo dele, pois Bituca e a minerada do Clube da Esquina moram em meu coração.
O indefectível Vôo de Coração: um petardo ointentista
Com isso, só sei que me vi saindo da Saraiva com uma Marisa Monte, um O Rappa, um Black Rio e, a pérola, o primeiro do inglês Ritchie, o Vôo de Coração (1983), numa edição super transada com caixinha de papelão (as minhas preferidas) comemorativa de 25 anos. O álbum estourou na época com o classicasso "chiclete" (alô, Marcete!) "Menina Veneno". Gostei logo de cara da edição lendo o prefácio do Bernardo Vilhena, letrista das músicas do disco.
Richard David Court, o Ritchie, é o elo tupiniquim com o rock clássico do Velho Mundo: o cara é amigo do Steve Hackett que foi guitarrista do Genesis na época de ouro que esse grupo tinha o performático Peter Gabriel nos vocais. Ritchie é o gentleman que mostra nas entranhas dos 80's como o amor sincero ainda é bacana. Um cara de caráter.
Vimana: o fim do sonho de se fazer rock progressivo de qualidade no Brasil (da esquerda para a direira: Fernando Gama, Lobão, Luis Paulo Simas, Lulu Santos e Ritchie
As performances lendárias do Genesis
Caras, após mais de 25 anos sem ouvir o vinil do meu irmão, quando coloquei este CD do Vôo de Coração, foi um viagem (vôo de coração e de mente): Aqueles teclados e aquela bateria são um delicioso testemunho fiel dos anos 80. O disco tem uma pequena nata oriunda do "falido" rock progressivo setentista: Lulu Santos nas guitarras, Lobão na bateria (seus ex-colegas do lendário Vimana), o grande Liminha (ex-Mutantes) no baixo e, olha aí, conta com a participação especial do Steve Hackett na guitarra em duas faixas. 
O que agrega muito na edição são os comentários que Ritchie faz em cada faixa (bom, essa expressão é mais apropriada para um vinil...hehe).
Richard David Court em foto inconográfica dos anos 80
Em "A Vida Tem Dessas Coisas" (uma das minhas preferidas) ele destaca a "batida do Geme-Geme" que Lobão havia criado para tocar na música homônina da Blitz (sim, ele tocou no começo da Blitz), e ali re-utilizada. Tal "batida sincopada", ele conta, é "capaz de derrubar até alguns dos bateristas mais habilidosos do planeta". Não é por menos: Lobão sempre foi um prodígio auto-didata. Na música Vôo de Coração Ritchie conta que a gravaram nos porões da Warner com o Steve Hackett utilizando uma Gibson Les Paul emprestada e seus vocais foram captados no banheiro (haha), utilizando a reverberação natural do revestimento de azulejo. Que ótimo!
A edição conta ainda com algumas faixas bônus, como  Menina Veneno em espanhol (!).
E o resto é história...e audição!

"A vida tem dessas coisas, olha só nós dois aqui" 
Keyboard photo session: impagável...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Síndrome de Häagen Dahzs e o Imediatismo

O 3D, na crista da onda, também tem seus inconvenientes.
Fui vitimado pela rara Síndrome de Häagen-Dazhs, na sessão 3D de Avatar. Tal síndrome foi "redescoberta" após a novíssima onda de filmes 3D que chegou no Brasil.
Dazhs: um gênio à frente de seu tempo
Após cerca de um pouco mais de duas horas de exibição, você já não vê mais o 3D, os olhos doem, seu cérebro cansa e então você mergulha novamente no entediante 2D. Acredita-se que é um recurso de auto-defesa do cérebro humano, numa reação semelhante a de um animal acantoado pelo seu predador, que praticamente transcende as leis da física. Tal reação humana foi estudada tardiamente pelo sociólogo, cientista e naturalista austro-húngaro Häagen Dahzs, já no fim da vida. Obviamente, eram outros fatores e recursos no seu tempo, que hoje podemos apropriar aos filmes 3D.


 
Foto supostamente atribuída a Kochinsky
Ainda sobre Dahzs, há um fato curioso: acredita-se que ele chegou a conhecer o "obscuro" filósofo russo Wladimir Kochinsky, no final da vida deste último, em exílio da ditadura Stalinista, no Cáucaso. É dito entre os pesquisadores e especialistas que esses dois grandes nomes do mundo moderno começaram a esboçar um tratado sobre o qual chamaram de Imediatismo. Em resumo, tratava da capacidade humana latente e inexplorada de criar (o que quer que seja) instantaneamente (o que muitos chamam de "insight"), mas que não é devidamente aproveitado (o que podemos comparar a um coitus interrompidus, à luz da teoria desses pensadores). Um assunto um tanto quanto polêmico, desafiador e, sem dúvida, perigoso para comunidade científica conservadora e rebuscada daqueles tempos. A informação desse encontro e trabalho conjunto pode ser bem verossímil, uma vez que era nessa veia que corria o sangue moderno, espontâneo, inventivo e produtivo de Kochinsky, um gênio combatido e boicotado pela vaidosa comunidade filosófica de sua época. Tanto o é, que pouquíssimo (ou quase nunca) se fala a seu respeito. 
 
Ainda sobre o Imediatismo, há boatos muito obscuros (mais ainda??) sobre uma terceira mão neste piano perdido do pensamento moderno: Carl Gustav Jung, que abandanou o projeto por motivos pessoais (???). Mas isso já fica para uma outra (cau)ocasião...
Jung: possível envolvimento improvável
 
That's all folks!
Fernando Um Homem Moderno ou Admirador do Fenômeno Terra Incongnita? Bonanni
 
They are 1 person
They are too alone
They are 3 together
They are for each other
 
de Stephen Stills, Helplessly Hoping, dedicado por mim a Dahzs, Kochinsky & Jung

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um assunto regado a azeitona, amendoim natcho e vinho barato.

Da série "Palhoças Eletrônicas: 10 anos de estapafúrdias via internet".
13/07/2003:

Verdade seja dita...ou escrita...

Caramba 69!: A boa música revisitada.

E a mítica banda Caramba 69! fez seu primeiro "ensaio" na tarde de 05/02/2011... 
Caramba 69!: desbunde e desmistificação da confluência de estilos
Um fator que favorece o desbunde desse grupo de new irish rock é a miscigenação de estilos e culturas de seus integrantes, compondo uma estimulante e deliciosa trama sonora que passeia pelo caminho que vai desde o mais rebuscado e "espiritual" (Salve, Coltrane) jazz, bossa, MPB e folk ao mais repinbocante frevo-chote-violada-de-brejo.
 
Luke G é um refinado guitarrista que segue suas origens sólidas no rock clássico e heavy-skate-hollyshit-epic-metal, onde demonstra sua mais pura e virtuosa técnica de mão esquerda. Pra equiilibrar essa esfera "pesada", Math "Mike"  chega com sua inconfundível técnica de ritimista de mpb e samba, sem contar sua admiração pelo folk, que nos brinda com o apuro de sua arte do improviso no violão nylon.
Pulso sincopante de Math (esq.) e a pegada metal de Luke

Finalizando o trio, mas como um elemento menor diante de tamanhos monstros sagrados, eu ("o homem que fala todas e nenhuma língua") componho a parte de produção, incentivo (fiscal?) e finalização, executando efusivamente alguns instrumentos inusitados ou não e cantando, quando necessário.
 
No breve (e brilhante, diga-se de passagem) ensaio, os jovens talentos mandaram para "reconhecimento de terreno" alguns clássicos do Black Sabbath, Nirvana, Red Hot Chilli Peppers e Deep Purple, entre outros (clara influência minha e de Luke).
Pra enriquecer a fórmula deste exótico perfume sonoro daquela tarde de verão, Math compôs alguns temas folks ao violão comigo na bateria e o Luke tirando um sarrinho amarelo. Ainda, Math sugeriu alguns números do Benito (de Paula) e Bee-Gees que vem ensaiando regularmente na bateria, bem como executou alguns petardos-anseios de bossa nova, acompanhado dos meus vocais e uma simbilante guitarra heavy-jazzista de Luke.

Vida longa ao "Caramba 69!"!
Caramba 69!: vislumbrando horizontes para o new irish rock

Caramba 69! é:

Luke G: guitarras, violões aço e nylon e percussivos
Math "Mike" A: percussivos, violões nylon e aspiração a sambista
Fernando "O Que Eu Tô Fazendo Aqui?" Bonanni: vocais, percussivos, violões nylon e aço, viola caipira, (futuro) contra-baixo elétrico, tecladinho Casio (que vem espetado de brinde na bananada passada no açúcar cristal) e app teclado analógico tipo Moog do iPhone

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Freak me out!

Eu gosto de algumas coisas que ao mesmo tempo me assustam.... Não sei, pode ser algum exercício inconsciente de masoquismo. 

Sr. Mortmer
Por esses tempos comprei no e-bay um (maravilhoso) macaco que bate pratos e abre a boca (lembra-se do filme Poltergeist??). É um brinquedo dos anos 60 fabricado no Japão. Um clássico. Tudo que você já viu sobre macacos batendo pratos vem desse brinquedo. Batizei-o de Sr. Mortmer. É freaky, confesso...
E ainda não consegui fazê-lo funcionar.
 
E têm os indefectíveis e clássicos bonecos de ventriloquismo (veja um episódio do Seinfield, em que Kramer tem um, chamado Mr. Marbles). São de aspecto inofensivo e  infantilizados. Porém sinistros, e guardam em seu silencioso sorriso funesto uma surpresa mortal...
PS1: não venha reclamar que não está conseguindo dormir!
PS2: um deles me lembra a finada Karen Carpenter.





Viajando pela América do Sul - 2010 - Parte 1: Foz do Iguaçu-Brasil



 

Após um "tenebroso verão", finalmente comecei a "oficializar" os relatos e fotos da minha viagem no final de 2010 pelo sul da América do Sul, iniciada logo após ter assistido ao grande Paul McCartney no estádio do Morumbi, na capital de São Paulo.

Depois de uma noite em um ônibus de sacoleiros-muambeiros-importadores (chame como você quiser), eu e meu amigo Wlad desembarcamos na cidade de Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina. 
O episódio foi batizado como "Bus From Hell". Por que? Só te digo uma coisa, meu irmãozinho: everything from hell!! hehe.
Bom, naquele dia de 23/11/2010 também rolou o episódio "The Paraguay (Wlad) Incident". Mas isso é outra história...
Mas não é só muamba do Paraguai que existe por aquelas pradarias. Em Foz do Iguaçu você encontra uma das maiores preciosidades do planeta: as cataratas do Iguaçu.
Pois é, lembram as etéreas paisagens de Roger Dean pintadas nas capas dos álbuns do Yes (Close To The Edge, para ser mais exato).
O Parque do Iguaçu foi fundado na década de 1930, alguns anos depois do parque argentino ser fundado, do outro lado do Iguaçu. Sim, os hermanos começaram primeiro. A maior parte das cataratas fica do lado argentino (cerca de 80%). 
Eu e Wlad, no Parque Nacional do Iguaçu, na cidade de Foz do Iguaçu
Qual o melhor parque? Cada um tem uma opinião. Mas eu te digo que não existe, pois cada um tem seu ponto positivo. Assim: do Brasil você tem uma visão panorâmica das quedas. E da Argentina você pode chegar na "boca" das quedas e andar até numa ponte de corda e madeira sobre elas! No Brasil, você faz o incrível Macuco Safari que te leva de bote ao pé das quedas. 
Macuco Safari
 
Com a agenda apertada, visitei apenas o lado brasileiro e fiquei impressionado com a estrutura, organização e qualidade do Parque Nacional do Iguaçu. Se não conhece, pegue um ônibus na rodoviária para a cidade de Foz do Iguaçú e passe o dia no Parque Nacional do Iguaçu e sinta o poder da natureza!! (nossa...agora soou como comercial de cosmético) Fique mais um dia e faça umas comprinas no Paraguai. Você pode ir pra lá apenas com um ônibus urbano mesmo.
Naquele mesmo dia, às 17h00min, embarcava no "autobus" da Pluma para Buenos Aires.
E aqui vão mais algumas fotos by Nikon: